Hoje estava na paragem e vejo uma senhora, daquelas típicas da aldeia, com a bela da saia, o cabelo apanhado em cagalhoto no alto da cabeça, com brincos e fios de ouro, conjugados com um bigode de meter inveja a muito adolescente desejoso por barba. Esta senhora estava acompanhada pelo neto, que não devia ter mais que 4/5 anos. O telemóvel toca (la la la la la, uh, la la la la la uh, I still miss youuu):
Senhora: Tou sinhe? Tou sinhe? TOUE? Aie, ninguém fala. Ai o caralho. Toue?
Neto: Ó bó, o tufone 'tá ao cuntrário.
(A senhora começa o diálogo tentando disfarçar para ninguém perceber a falha. Ups, tarde de mais) Senhora: olha, se te despachares inda bais a teampo de apanhar'o da póboa.
(do outro lado, provavelmente não entenderam, e a senhora repete pausadamente cada palavra)
Senhora: se te despachares a chigar cá'baixo, inda bais a teampo de apanhar'o da póboa.
(e continuam sem perceber)
Senhora: Tu num oubes? SE TE DESPACHARES A CHIGAR CÁ'BAIXO, INDA BAIS A TEAMPO DE APANHAR'O DA PÓBOA!
(...)
Senhora: olha foda-se, bai a péã.
(e desliga)
Sem comentários:
Enviar um comentário